Um Jovem
Camarada
Meu Camarada
moço,
- Lidos os
teus poemas,
Dizer-te que
não temas
Dar-lhes
fogo, a morte, o esquecimento,
Se queres a
Poesia, vai para ela
Puro,
desnudo, de ímpeto violento,
Como para a
mulher
Em que parou
teu sonho,- se és o seu.
Vai, como
ela te quer.
Mas se outra
chama inflama o teu amor,
se outro
sonho tão belo te rendeu,
Tem a
coragem nobre de depor
Os versos
que não são teu instrumento.
Toma outras
armas mais condizentes.
Não, a Poesia
não a violentes!
Deixa os
versos ao vento ...
(poeta portuense falecido faz hoje 20 anos)
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