Bilhete de
Amiga
Não me
queira mal
Não me
queira tanto
Logo virá o
desencanto
E não tenho
mais palavras
Para
agradecer o silêncio
O vazio de
pessoas
A ausência
redentora.
Lavei aquele
coração de plástico
Onde está
escrito “eu te amo”
- presente
de uma amiga -
soprei o ar
até completar o cheio
e pendurei-o
num prego existente
na porta de
entrada, que também é saída.
Ali ele
está, presente, sempre, e tanto
Que nem se
vê e nem se sente, pronto
Para se
encher de poeira e murchar
Novamente,
Até a
próxima encarnação.
(escritora
sergipiana que hoje faz 69 anos)
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