Os Poetas
Nunca os
vistes
Sentados nos
cafés que há na cidade,
Um livro
aberto sobre a mesa e tristes,
Incógnitos,
sem oiro e sem idade?
Com magros
dedos, coroando a fronte,
Sugerem o
nostálgico sentido
De quem
rasgasse um pouco de horizonte
Proibido...
Fingem de
reis da Terra e do Oceano
(E filhos
são legítimos do vício!)
Tudo o que
neles nos pareça humano
É fogo de
artifício.
Por vezes,
fecham-lhes as portas
- Ódio que a
nada se resume -
Voltam,
depois, a horas mortas,
Sem um queixume.
E mostram
sempre novos laivos
De poesia em
seu olhar...
Adolescentes!
Afastai-vos
Quando algum
deles vos fitar!
(poeta
portuense nascido faz hoje 111 anos)
1 comentário:
Poema corajoso, sem dúvida.
Abraço
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