A Água
Despe, na
solidão da tarde,
Tua roupagem
manchada de quotidiano,
E deixa que
a chuva molhe teus cabelos
E vista teu
corpo de escamas de prata.
Pousa, em
teus ombros, o manto dos lagos
E colhe no
cântaro de tuas mãos
A música dos
dias que adormeceram
No fundo de
teu ser.
Mármores
líquidos moldarão teu corpo.
Nuvem,
Penetrarás a
carne da manhã.
(poeta
paulista que hoje faz 89 anos)
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