NÓ
Há sempre um
nó encordoado
à espera de
que alguém o dedilhe.
Para cada
marinheiro um acorde
retesado
pelos ventos da distância.
Há um sol
encurvado nas águas
afogando
horizontes longínquos
O viajante
sabe quando o cais
sola a
melodia do impulso.
A rota não é
de fuga, mas de fogo.
aventura de
busca sem bússolas.
Nesta noite
em que navego lençóis
recostado a
um tombadilho de plumas
Falta-me um
par de remos, mastro e velas soltas.
Embora a voz
remota insista por meu nome.
(poeta
amazonense falecido faz hoje 6 anos)
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