A morta
Sua carne e
sua alma
ficaram
quietas e mudas.
Seu grande
corpo hirto e branco
era uma
estátua horizontal
feita de
gelo e silêncio.
Nós ficamos
bruscamente sem saber
se estávamos
diante de uma pedra
ou de um
mundo sem acústica.
Ela sorria
um sorriso enigmático
desafiando
nossa perplexidade
e em meio à
nossa aflição
somente ela
era serena.
Então essa
coisa pacífica e absurda
encheu-nos
de medo
porque era
mais terrível do que uma coisa viva.
(poeta
paulista falecido faz hoje 27 anos)
Sem comentários:
Enviar um comentário