És a terra e
a morte
És a terra e
a morte.
A tua
estação é a treva
e o
silêncio. Não há coisa
que viva
mais do que tu
afastada da
manhã
Quando
pareces despertar
toda tu és
dor,
está-te no
olhar e no sangue
mas não a
sentes. Vives
como vive
uma pedra,
como a terra
dura.
E há sonhos
que te vestem,
movimentos,
soluços
que ignoras.
A dor
Como a água
de um lago
estremece e
envolve-te.
Há círculos
à flor da água.
Deixas que
se desvaneçam.
És a terra e
a morte.
(poeta
italiano falecido faz hoje 65 anos)
Tradução de Rui
Caeiro
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