Cobalto nos
faróis
Cobalto nos
faróis
no azulado
zinco dos cabelos
no calor
ampliado das axilas
nas
vértebras arando o pavimento
O contacto
cruzado e celular dos ouvidos no
vácuo
a esfera de
sangue nivelada à distância dos
poentes da
terra
o impossível
fixo das marés
o mar
e a lua
vazia de folhas e animais
O movimento
do suor no ar
o cansaço
nos troncos e no sol
a terra
o fumo os
ascensores os incêndios
a suspensão
dos astros sobre a noite
O nível do
cobalto a construir a morte nas
vertentes
a penumbra
das rectas
os arbustos
fechados no quadrante dos pulsos
golpeados
a sede o
espaço o pânico
a
mobilização do horizonte
no patamar
do vento da cidade
(poeta
farense que hoje faz 74 anos)
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