Soneto da
Esperança
Tempo de
azul e não. Desencantado
reino do que
não foi, mundo postiço,
ontem feito
de agora, hoje passado:
na essência
do não-ser o instante omisso.
(Margaridas
da tarde, onde o seu viço?
Choro de
água nos ares, lento e alado
caminho cor
de sonhos? Insubmisso
mar sem
datas, desfeito e recriado?)
Suaves
rechãs por onde a mão do vento
esculpia no
verde a sombra exata
e as imagens
que o olhar já não alcança.
Aventuras
tão-só do pensamento:
arco de
azul, a tarde era a fragata
supérflua,
para o exílio da esperança.
(poeta
pernambucano falecido faz hoje 8 anos)
1 comentário:
O desencanto, do lado de cá e de lá do oceano!
(respondendo à tua pergunta sobre o rabo do meu Mounty: ele é neto de uma siamesa pura, de rabo cortado de nascença, que teve um "caso" com um gato de telhado alfacinha, que deu como fruto a mãe dele, que por sua vez fugiu com um gato selvagem alentejano. No fim da linha está o Mounty, que nasceu de rabo curto! Que bom falar do meu gato :-)))))))) )
Boa semana!
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