não fugir
Não fugir.
Suster o peso da hora
Sem palavras
minhas e sem os sonhos,
Fáceis, e
sem as outras falsidades.
Numa espécie
de morte mais terrível
Ser de mim
despojado, ser
abandonado
aos pés como um vestido.
Sem pressa
atravessar a asfixia.
Não vergar.
Suster o peso da hora
Até soltar
sua canção intacta.
(poeta lisboeta
que hoje faria 81 anos)
1 comentário:
Um grande poeta, pouco divulgado.
Um abraço
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