Canto-cântaro
De que
argila foste feito
Canto
cântaro de amor?
Em que torno
te tornaste
Dona e duna,
chão e pluma!
Com que
mármore marcaste
O perfil das
alamedas?
Céu de selva
onde caminho
Sem
possíveis salvações!
Qual o sol
por soletrar
Teus
bizarros compromissos?
Ah! cilada
tão silente,
Tecla solta
em cravo rubro!
Fiandeira
onde me fio
Dedos-dédalos
danando:
- Se sou
chuva é porque morro,
Canto-cântaro
de amor!
(poeta
paulista que hoje faz 88 anos)
1 comentário:
Canto -liquido- de lágrimas.
Abraço
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