Tempo e
Casualidade
Nenhum deus
me fez ou sabe.
Houve um
gesto; depois,
a
involuntária duração do gesto
como um
punhado de areia
que se atira
para o alto.
O fado é não
podermos ver,
a cavaleiro,
nossos próprios passos,
esquecermos
depressa a semeada
e este
germinar à nossa frente.
Muito antes
de mim, depois,
a folha, o
vento e o movimento
da folha
sobre a estrada pelo vento.
Edson Guedes de Morais
(poeta
paraibano nascido a 23 de Janeiro de 1930)
1 comentário:
Seria bom que pudessemos ver o tempo do alto.
abraço
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