Alegoria
Fruto tão
maduro
Que me
apodreceu.
Foi-se a
colheita do futuro:
Podeis
aproveitar, aves do céu!
Pomar de
luto.
Venha outro
Outono pra me consolar;
Outro fruto
Que mate a
minha fome e sede de cantar.
E não mais
espantalhos a suster
A gula
natural dos meus sentidos:
Seja, enfim,
livre pra morder,
Ainda verde,
o que nascer
Destes ramos
despidos!
(escritor
vianense nascido faz hoje 91 anos)
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