A cobardia dos
deputados
Na passada
quarta-feira, os deputados portugueses (não a totalidade, felizmente) deram não
uma mas duas mostras de cobardia.
A primeira foi a
recusa em votarem nominalmente a proposta de lei do Orçamento do Estado para
2013 para sabermos quem subscreve ou não o documento mais violento em matéria
fiscal que alguma vez o povo português teve de suportar.
A segunda foi a
antecipação do fim do debate e imediata votação na parte da manha, com
conivência da presidente da Assembleia da República, para evitar que tal
ocorresse à tarde, quando estavam preparadas várias manifestações à frente do
Parlamento.
Foram duas inequívocas
provas de cobardia e de quem tem medo de assumir as suas responsabilidades.
Quando em democracia,
os deputados eleitos pelo povo têm medo desse mesmo povo que os elegeu, algo
está mal e profundamente errado. Num momento em que os portugueses mais
esperariam explicações dos representantes do povo, estes fogem cobardemente dos
eleitores. É lamentável. E é o princípio do fim de alguma coisa.
Nicolau Santos, in
Keynesiano,
graças a Deus, blogue do Expresso
1 comentário:
Talvez um dia o povo se levante a sério
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