How many times must a man look up, Before he can see the sky? How many ears must one man have, Before he can hear people cry? The answer, my friend, is blowin' in the wind. The answer is blowin' in the wind.
segunda-feira, setembro 03, 2007
António Sérgio
António Sérgio, nascido em Damão há 124 anos, foi um dos mais importantes intelectuais portugueses contemporâneos (faleceu em 1969).
Ensaísta e pedagogo, deixou uma vasta obra em vários campos da filosofia, com particular incidência na filosofia da educação, a cuja reforma devotou toda a sua vida.
As palavras abaixo transcritas fazem parte de uma biografia em diálogos ficcionais com o escritor, na qual o estudioso Alfredo Campos Matos procura interpretar as ideias de António Sérgio. Reproduzo-as porque, infelizmente, mantêm toda a sua actualidade, pois os estado da educação parece não ter melhorado. Bom seria que quem tem a responsabilidade de decidir no campo da educação lesse atentamente a obra deste português enorme.
O objectivo da escola consistiria no seu entender...
“[Em] emancipar os indivíduos, servir o progresso social; e treinar as inteligências, a fim de as tornar cada vez mais plásticas, universalistas e libertas de limitações, como exige a moderna democracia: é familiarizar a juventude com o manejo das realidades, preparando no estudante um produtor moderno, cooperador em planos de acção comum - entendendo-se por isto, quer o produtor no domínio económico quer o criador na ciência e na arte; o objectivo do ensino, em resumo, é fomentar a capacidade de um desenvolvimento contínuo, de uma racionalização intérmina da experiência, preparando os Portugueses para uma vida mais humana mais progressiva, mais fecunda, dentro de uma forma social mais justa.
(...)
Educar uma criança enviando-a à actual escola é como preparar um automobilista metendo-o no museu dos coches reais. O mestre supõe que o aluno não viverá da vida de hoje . (...) O primeiro passo do educador deveria ser determinar, tanto quanto possível, o que exige de nós concretamente a sociedade contemporânea, para sua maior felicidade, justiça e harmonia, e como o trabalho educativo poderia satisfazer tais exigências, de maneira que na escola se reproduzissem, num nível alto, os problemas da sociedade. Seguir-se-ia a este exame uma reforma do espírito escolar, segundo as concretas necessidades do desenvolvimento social.”
A.Campos Matos - Diálogo com António Sérgio(1983)
Texto retirado do sítio dedicado a António Sérgio pela professora Maria Helena Pereira
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