Para Todo o
Sempre
O Poeta
morre,
mas não
cessa de escrever.
Enquanto
escreve,
vive
ressuscitando
fugidias horas
mudadas em
auroras...
Uma
pequenina flor,
pisada por
quem passa,
é agora
um milagre
de cor,
uma negaça
de mil
desejos...
E os beijos
que nunca
foram dados,
tornados tão
reais...
Aquela
borboleta
arrasta
infindas
primaveras
no seu voo
fremente...
- Uma
palavra mais,
Poeta!
Uma palavra
quente!
Uma palavra
para todo o sempre!
(poeta
vila-condense nascido faz hoje 114 anos)
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