Tristeza
Como as
ervas de humilde condição
Que ninguém
colhe e ninguém procura
Ficará o meu
tesouro de ternura
Condenado à
mais triste condição…
O mal que me
tens feito, sem razão,
Porque
excede os limites da tortura
Rejeitar-nos
alguém por desventura
Aquilo que
se dá do coração!…
Oh! difícil
é dar sem ter o quê…
Mas receber
da mão de quem nos dê
É tão fácil,
meu Deus, e não m’aceitas!…
Se nada peço
que razões alegas?
Eu não choro
o carinho que me negas…
Eu choro
sobre o meu que tu rejeitas!…
(poetisa
portuense falecida faz hoje 36 anos)
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