Prisioneiro
Que era um
pássaro apenas, me disseste,
Porém o nome
dele tu ignoras,
Ouviste e
ainda ouves vibrações sonoras,
Mas o doce
cantor não conheceste.
Pensas em
mim, e do tenor celeste
Escutas
enlevada as sedutoras
Canções
saudosas e comovedoras...
Que ave,
perguntas, misteriosa é esta?
Que
encantada harmonia, que doçura,
Que magoado
cantar!... A todo o instante
Ouves esta
garganta ardente e obscura.
Nunca a
verás; não queiras vê-la, não!
Deixa que o
meu amor oculto cante
N’áurea
gaiola do teu coração.
(poeta alagoano
falecido em Paris faz hoje 104 anos)
1 comentário:
Coincidência: escolhemos ambos os pássaros como metáfora de outras realidades...
O poeta é um romântico, que ainda sabe bem ler!
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