E então, que
quereis?...
Fiz ranger
as folhas de jornal
abrindo-lhes
as pálpebras piscantes.
E logo
de cada
fronteira distante
subiu um
cheiro de pólvora
perseguindo-me
até em casa.
Nestes
últimos vinte anos
nada de novo
há
no rugir das
tempestades.
Não estamos
alegres,
é certo,
mas também por
que razão
haveríamos
de ficar tristes?
O mar da
história é agitado.
As ameaças
e as guerras
havemos de
atravessá-las,
rompê-las ao
meio,
cortando-as
como uma
quilha corta
as ondas.
(poeta russo
nascido faz hoje 119 anos)
Tradução: E. Carrera Guerra
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