ENVELHECENDO
Tomba às
vezes meu ser. De tropeço a tropeço,
Unidos, alma
e corpo, ambos rolando vão.
É o abismo e
eu não sei se cresço ou se decresço
À proporção
do mal, do bem à proporção.
Sobe às
vezes meu ser. De arremesso a arremesso,
Unidos,
estro e pulso, ambos fogem ao chão
E eu ora
encaro a luz, ora à luz estremeço
E não sei
onde o mal e o bem me levarão.
Fim, qual
deles será? Qual deles é começo?
Prêmio, qual
deles é? Qual deles é expiação?
Por qual
deles ventura ou castigo mereço?
Ante o
perpétuo sim, e ante o perpétuo não,
Do bem que
sempre fiz, nunca busquei o preço,
Do mal que
nunca fiz sofro a condenação.
(poeta
brasileiro falecido faz hoje 94 anos
1 comentário:
Da incógnita ao sabor do tempo.
Abraço
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