Conquista
Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.
Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!
(Miguel Torga faleceu a 17 de Janeiro de 1995)
2 comentários:
A luta diária pela liberdade, dita de um modo esplêndido neste poema de Torga!
fantastico
bjinhos
Paula
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