terça-feira, janeiro 17, 2012

Conquista

Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!


(Miguel Torga faleceu a 17 de Janeiro de 1995)

2 comentários:

Justine disse...

A luta diária pela liberdade, dita de um modo esplêndido neste poema de Torga!

Sensualidades disse...

fantastico

bjinhos
Paula