Pórtico
Eu quisera,
em meus versos, a alvorada
de todas as
belezas triunfais...
que eles
tivessem a auréola imaculada
do sol de
madrugada...
e que neles
cantassem sabiás...
que fossem
álacres como pensamentos
de crianças
em férias, mais vibrantes
que pendões
de palmeiras drapejantes
às carícias
brutais, bruscas dos ventos
e mais
ardentes do que dois amantes
no seu beijo
melhor... deslumbramentos
de
meios-dias tropicais fulgissem
em suas
estrofes como luz das gemas...
que ora
murmurassem, rugissem...
e semeassem
bênçãos e anátemas...
(poeta
paraense nascido faz hoje 107 anos)
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