A liberdade
está morta
A liberdade
está morta
com seus
cabelos tão longos,
com seus
cabelos boiando
no mar em
que se afogou.
A liberdade
está morta
com seus
cabelos desnastros.
Caiu,
coitada, dos astros
no mar em
que se afogou.
A liberdade
está morta
com seus
cabelos compridos
que eu
desejava beijar.
A liberdade
está morta.
Lá vão os
homens buscá-la
naqueles
barcos de vela,
naqueles
barcos com asas.
Lá vão os
cisnes marinhos
na água azul
e sonora.
Lá vão os
cisnes do mar
buscar a
deusa da aurora.
Lá vão as
aves buscá-la
para
guardá-la em seus ninhos.
A liberdade
está morta
e coroada de
espinho
(poeta
baiano falecido faz hoje 47 anos)
Sem comentários:
Enviar um comentário