sábado, março 30, 2013

Poema perto do fim

A morte é indolor.
O que dói nela é o nada
que a vida faz do amor.
Sopro a flauta encantada
e não dá nenhum som.
Levo uma pena leve
de não ter sido bom.
E no coração, neve.


(poeta brasileiro que hoje faz 87 anos)

1 comentário:

jrd disse...

Como pode este pequeno poema ser tão belo?

Abraço