Dia
De que céu
caído,
oh insólito,
imóvel
solitário na onda do tempo?
És a
duração,
o tempo que
amadurece
num instante
enorme, diáfano:
flecha no
ar,
branco
embelezado
e espaço já
sem memória de flecha.
Dia feito de
tempo e de vazio:
desabitas-me,
apagas
meu nome e o
que sou,
enchendo-me
de ti: luz, nada.
E flutuo, já
sem mim, pura existência.
(poeta
mexicano nascido faz hoje 99 anos)
1 comentário:
Alegro-me por haver ainda quem se lembre de Octavio Paz! Como eu gosto deste homem sábio...
Obrigada
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