O Fantasma
O que farei na vida - o Emigrado
Astral após que fantasiada guerra -
Quando este Oiro por fim cair por terra,
Que ainda é Oiro, embora esverdinhado?
(De que Revolta ou que país fadado?...)
- Pobre lisonja a gaze que me encerra...
- Imaginária e pertinaz, desferra
Que força mágica o meu pasmo aguado?...
A escada é suspeita e é perigosa:
Alastra-se uma nódoa duvidosa
Pela alcatifa - os corrimãos partidos...
- Taparam com rodilhas o meu norte,
- As formigas cobriram minha Sorte,
- Morreram-me meninos nos sentidos...
(Mário de Sá-Carneiro faleceu faz hoje 96 anos)
1 comentário:
Mário, que se acabou por suicidar, mas deixou bons poemas como este.
Boa noite
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