O “trapo”
Para tudo serve o "trapo" verde-rubro;
é vê-lo nas varandas, e estendais,
já esfarrapada a glória de teus pais
que, envergonhado, vejo e assim descubro.
Dirá quem nos visita, com razão:
Não há país que eu possa comparar
com a lusa maneira de mostrar
o seu nacionalismo tão ancião...
Para tudo serve o "trapo" esfrangalhado,
rilhado pelo vento como traça,
traçando o amor à Pátria, à nossa raça
nuns cadilhos do xaile...triste fado.
Um dia destes quando for barrenta a rua onde tu moras - podes rir -
usa a " bandeira" para poderes polir
a bota do lacaio, a mais odienta.
(poeta algarvio nascido a 21 de Janeiro de 1959)
1 comentário:
Verde-rubro cada vez mais desbotado.
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