Caminhos
Brancos
Chamaram-me
e não sei que voz
era aquela
que lá ao longe ouvia...
e não sei
onde foi nem em que dia,
nem se era
só por mim ou se por todos nós,
Nasceu a lua
e a voz chamou-me
ainda outra
vez. Ergui-me e caminhei.
Ouvira bem:
agora era o meu nome.
O resto
ainda não sei.
Há quantos
sóis, há quantas luas foi?
Outros
ouviram e vim eu sozinho.
Hoje o mesmo
cansaço a todos dói
mas não dou
por inútil o caminho.
(Branquinho
da Fonseca nasceu faz hoje 111 anos)
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