Estrela
Perigosa
Estrela
perigosa
Rosto ao
vento
Marulho e
silêncio
leve
porcelana
templo
submerso
trigo e
vinho
tristeza de
coisa vivida
árvores já
floresceram
o sal
trazido pelo vento
conhecimento
por encantação
esqueleto de
idéias
ora pro
nobis
Decompor a
luz
mistério de
estrelas
paixão pela
exatidão
caça aos
vagalumes.
Vagalume é
como orvalho
Diálogos que
disfarçam conflitos por explodir
Ela pode ser
venenosa como às vezes o cogumelo é.
No obscuro
erotismo de vida cheia
nodosas
raízes.
Missa negra,
feiticeiros.
Na
proximidade de fontes,
lagos e
cachoeiras
braços e
pernas e olhos,
todos mortos
se misturam e clamam por vida.
Sinto a
falta dele
como se me
faltasse um dente na frente:
excrucitante.
Que medo
alegre,
o de te
esperar.
(poetisa
brasileira de origem ucraniana, falecida a 9 de Dezembro de 1977)
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