Valsa do
Adeus
Tudo é
partida de navio, velas
ao vento,
coisas desancoradas
que se
desgarram. Este copo, esta pedra
que
pronuncio não são palavras, nem
versos de
amor, nem o sopro
vivificante
do espírito. São barcos
arrastados
pelo tempo, cascas
de fruta na
enxurrada, lenços
de adeus,
enquanto o vapor se afasta,
e de longe
ilumina essa ausência que somos.
(poeta
mineiro falecido há 26 anos)
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