O centro do
mundo
Não leves
nenhum desespero para casa.
Os que
sofrem hoje
não são os
que sofrerão amanhã.
Os que
imploram hoje
não são os
que implorarão amanhã.
A medida de
todas as coisas
é como a
mulher que chora no centro do mundo.
Chora para
constatar que está viva.
Serve-te de
um copo de leite.
Vê como é
branco.
Constata
como é puro.
Observa como
só até um preciso momento
é útil e
fruível,
Qualquer
pergunta que possas fazer sobre ti
terá sempre
uma única resposta
dentro de
ti.
És como o
leite,
puro e
fruível
até ao
preciso momento em que se ferve
ou azeda.
(poeta
portuense que hoje faz 60 anos)
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