Serenata
Caem à noite pedras
sobre o templo
do silêncio
de espaço
um ruído de automóvel
um toque de sinos de uma igreja
monotonia diurna que não quebra
a queda das pedras
no silêncio
De dia o templo é
noite
e à noite há o silêncio
o esgaravatar de uma gaivota em fogo
o estalar de folhas novas
numa árvore
sabendo a vício este cigarro
de cheira a seiva dos pinheiros
E as pedras caem
como chuva ou neve
todas as noites que noites
já são poucas
E a seiva pedra sobre o templo
e a gaivota
o vício
a folha
quebrando este silêncio
Onde as guitarras?
Os quissanges acontecem longe
Manuel Rui
(poeta angolano nascido a 4 de Outubro de 1941)
Caem à noite pedras
sobre o templo
do silêncio
de espaço
um ruído de automóvel
um toque de sinos de uma igreja
monotonia diurna que não quebra
a queda das pedras
no silêncio
De dia o templo é
noite
e à noite há o silêncio
o esgaravatar de uma gaivota em fogo
o estalar de folhas novas
numa árvore
sabendo a vício este cigarro
de cheira a seiva dos pinheiros
E as pedras caem
como chuva ou neve
todas as noites que noites
já são poucas
E a seiva pedra sobre o templo
e a gaivota
o vício
a folha
quebrando este silêncio
Onde as guitarras?
Os quissanges acontecem longe
Manuel Rui
(poeta angolano nascido a 4 de Outubro de 1941)
1 comentário:
Há tantas pedras que caem...
venho convidá-lo a ir até ao "são2 amanhã.
Repouse bem.
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