A alma das coisas
“Bela esta manhã, sem carência de mito.”
Drummond
Bela esta tarde repleta de nuvens,
belo o enredo do amar, em que choram
as chaves do corpo, a alma das coisas.
São alvos os caninos noturnos.
A agonia consciente e inconsciente,
passando ao sol poente.
No azimute, ao norte, a morte.
Bússola que nos orienta.
De tudo que nos é atento
salvam-se os salmos, ramos de pureza,
mágicas canções, a clava dos que oram,
violão nos olhos da aurora.
Lento é o visgo
de quem vive pra dentro.
Joaquim Moncks
(poeta gaúcho)
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