Se pelo menos para mim olhasses
Se pelo menos para mim olhasses
outra vez com a tua forma de cor diferente.
Se outra vez!, mais um vez...
me desses as mãos com nós em cada dedo.
Se meu amor me untasses o corpo com óleo
do teu amor depois de um banho quente...
Se meu amor me amasses por ti e por mim
antes de me despedir deste corpo da caneta para o papel.
A verdade meu amor, é que o frio que sinto
é a ausencia do teu olhar
quando as tuas mãos
não me estão ligadas e
como não
as encontro
a tinta não sente
o calor que sai dos meus lábios entreabertos.
São variações de temperaturas
que a caneta procura suster
entre o teu olhar e amor
e o frio ligado ao corpo.
Ana Maria Costa
(poetisa maiata nascida a 17 de Março de 1966)
2 comentários:
Por uma coincidência, a poetisa tem o nome da minha mulher, que não escreve poemas tão verdadeiros, mas é aquarelista de mão cheia.
Abraço, Lino.
Jorge
Terias tanto para ver...e sentir.
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