quarta-feira, abril 25, 2007

Saudades Nas horas mortas da noite Como é doce o meditar Quando as estrelas cintilam Nas ondas quietas do mar; Quando a lua majestosa Surgindo linda e formosa, Como donzela vaidosa Nas águas se vai mirar! Nessas horas de silêncio De tristezas e de amor, Eu gosto de ouvir ao longe, Cheio de magoa e de dor, O sino do campanário Que fala tão solitário Com esse som mortuário Que nos enche de pavor. Então - Proscrito e sozinho - Eu solto aos ecos da serra Suspiros dessa saudade Que no meu peito se encerra Esses prantos de amargores São prantos cheios de dores: Saudades - Dos meus amores Saudades - Da minha terra! Casimiro de Abreu

2 comentários:

GMaciel disse...

Saudade(s)... palavra única da nossa língua, que exprime tão bem um sentimento que nos vem de dentro e tão bem se espelha neste belíssimo poema - que eu desconhecia e adorei.
Valeu!
:)

Anónimo disse...

Excelente, muito bonito!
Abraço