Cúmplice
Queda-te em teu silêncio.
Entre meus dedos,
o tempo é mel perdido.
Espero o tempo escrito no degredo.
Tua face de marfim e medo
tenho, a escutar a ti mesmo
ouvido no meu peito.
Guarda-me sob os lençóis das tuas pálpebras,
quanto te recolho em fragmentos
quanto assim de ti me acrescento,
a render-me ao silêncio preciso
aqui,
onde só tu és possível.
Gláucia Lemos
(poetisa baiana)
1 comentário:
Por veszes sós
mas nunca isolados
Abraço
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