Soneto da fidelidade
Dedicado à mulher com quem partilho a minha vida
há 33 anos e que celebra hoje o 61º aniversário.
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei-de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa (me) dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes
7 comentários:
Os meus sinceros parabéns à aniversariante e a minha humilde vassalagem à cara-metade que de forma tão bela exprime tão nobres sentimentos.
"Mas que seja infinito enquanto dure."
É o meu brinde aos dois.
Tchim-tchim!!!
:)
Longa vida a dois. Parabéns!
Parabéns! muitos mais anos de alegria para toda a família.
Lindíssimo poema. Parabéns.
E o que me resta a mim dizer depois dos simpáticos comentários que aqui constam? Pois bem, direi que até os gestos mais singelos, como dedicar um poema pode ser tão grato! Para quem dedica e para quem recebe! Muitos Parabéns!
Muito obrigado a toda(o)s.
Muitos parabéns a ambos.
:))
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