Foi há 63 anos, mas é imperioso não esquecer, por maioria de razão quando se fala de forma demente num novo holocausto nuclear que vitimaria dezenas de milhões de pessoas.
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Vinícius de Moraes
1 comentário:
É preciso continuar a dizer: "Hiroshima mon amour"
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