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segunda-feira, janeiro 29, 2007

Desmistificar fantasias – I Como afirmei aqui, o meu voto SIM no próximo referendo baseia-se na conclusão, retirada da análise dos argumentos dos grandes especialistas em bioética a nível mundial, de que “até para bastante além das 10 semanas o feto humano não tem interesses que devam ser salvaguardados pelo estado, dado que não lhe é infligida dor nem lhe são cerceados quaisquer direitos já adquiridos”. Ao longo de várias “postas”, vou tentar desmistificar algumas fantasias avançadas pelos defensores do NAO. Para o efeito, servir-me-ei de extractos de um ensaio de Lisa Bortolotti e John Harris, inicialmente publicado em Reprodutive BioMedicine Online, Vol.10, Sup. 1, 2005 pp.68-75. A tradução deste ensaio foi publicada na revista online de filosofia Crítica, em 19 de Julho de 2006, sendo o acesso reservado a subscritores. Para o efeito, obtive do respectivo director a devida autorização. De notar que o ensaio, cujo nome original é "Stem cell research, personhood and sentience", é dedicado à investigação em células estaminais embrionárias mas, sendo os argumentos dos adversários os mesmos que são utilizados para a recusa da despenalização da IVG, a sua refutação é perfeitamente ajustada. Lisa Bortolotti, da Universidade de Birmingham e John Harris, da Universidade Manchester, são ambos especialistas em ética aplicada e têm extensa bibliografia publicada sobre a matéria. John Harris preside ao Grupo de Trabalho do projecto Eureka dedicado à “Ética da Investigação em Células Estaminais e Terapia na Europa” e Lisa Bortolotti integra, também, esse Grupo de Trabalho.

3 comentários:

  1. Gostaria muito que o Lino colocasse este seu texto no "Debate", muita gente iria ficar esclarecida. Ou basta colocar o link para o seu blog.
    Abraço

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  2. Caro Bernardo:
    Este tema vai ter mais 5 postas, à média de uma por dia, algumas delas muito extensas.Todas terão o msemo título, seguido de II, III... Penso que seria melhor colocar uma ligação para o meu blogue.
    Um abraço.

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  3. Vou colocar!
    Abraço

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