quarta-feira, setembro 19, 2012

Nada Fica de Nada

Nada fica de nada. Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.

Leis feitas, estátuas vistas, odes findas -
Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, por que não elas?
Somos contos contando contos, nada.


(Ricardo Reis “nasceu” no Porto há 125 anos)

1 comentário:

São disse...

Hendrix uma dos desaparecidos naão se sabe muito bem como...

Somos tudo!!!

Abraço