quinta-feira, fevereiro 11, 2010

O salva, não salva

Sempre que um Estado-Membro se encontre em dificuldades ou sob ameaça de dificuldades devidas a calamidades naturais ou ocorrências excepcionais que não possa controlar, o Conselho, sob proposta da Comissão, pode, sob certas condições, conceder ajuda financeira da União ao Estado-Membro em questão. O Presidente do Conselho informará o Parlamento Europeu da decisão tomada.

É isto que dispõe o artigo 122 do Tratado de Lisboa e a Grécia alega que os ataques dos especuladores se enquadram nas ocorrências excepcionais que não pode controlar. Por isso não percebo porque é que os líderes da UE andaram este tempo todo a encanar a perna à rã e permitiram os disparates do senhor Almunia – que, em nada contribuindo para minorar os problemas gregos, prejudicaram grandemente Portugal (porque é que os deputados do PS não se manifestaram na votação sobre a Comissão Barroso II ?) - para agora se reunirem a correr para discutir a situação grega. Quanto mais que não se trata de arriscar dinheiro dos contribuintes, como se apressaram a fazer com os bancos. Os próprios gregos lembraram que uma antecipação dos fundos estruturais que estão previstos resolveria o problema, havendo ainda várias outras possibilidades, desde a emissão de euro-obrigações até à compra de títulos do Tesouro grego.

2 comentários:

Manuel Veiga disse...

teias que o "imperialismo" tece...
excelente e oportuno.

abraço

Milu disse...

"Quanto maior é a nau, maior é a tormenta", por isso é com muito assombro que observo a actuação de Durão Barroso como presidente da comissão europeia, que não foi capaz de fazer por Portugal, fosse o que fosse, que tivesse resultado, em benefício do país, enquanto foi primeiro ministro. Esta é uma realidade que se nos mete pelos olhos dentro, contudo, ninguém diz nada, e um dia destes, aparece por cá, e ainda acaba outra vez como primeiro ministro. Há qualquer coisa no mundo da política que está imensamente podre.