Origem
À Renata Pallottini
Onde nasceu o mundo
morre o mundo.
O embrião
pondera a raiz
do coração
manchando as
crinas da aurora
com a boca
do sangue,
a loucura
dos cântaros.
As fábulas
convergem a nudez
da sílaba
desagregando
o pudor da utopia
que emerge
do gáudio,
a vertente
dos abismos.
O murmúrio
aguarda o silêncio
do outro
cingindo a
abundância dos cânticos
na
intimidade do linho,
a quimera das criaturas.
As
mulheres e as crianças
essas
morrem caladas,
o mundo destece entre os seus lábios.
(poeta
coimbrão que hoje faz 51 anos)
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