a rectidão
da água; o crescimento
a rectidão
da água; o crescimento
das
avenidas, ao anoitecer, sob a nua
vibração dos
faróis;
o laço,
mesmo, das portas só
entreabertas,
onde a luz
silenciosa
se demora;
são
memórias, decerto, de um anterior
esquecimento,
uma inocente
fadiga das
coisas,
como os
corpos calados, abandonados
na véspera
da guerra, o teu
jeito para
o desalinho
branco das palavras,
altas as
asas de
nuvens no clarão do céu
em vão rigor
abrindo
o destinado
enigma: assim
desconhecer-te
cada dia mais
ausente de
recados e colheitas,
em assustado
bosque, em sombra
clareira,
ao risco dos
rios frívolos descendo
seixos
polidos, desinscritos,
imóveis
movendo
a luz do
dia;
a margem
recortada, aonde vivem
ausentes e
seguros, os luminosos
animais do
inverno;
assim são na
verdade os muros claros;
assim
respira o tempo, a terra intensa.
(poeta
viseense que hoje faz 71 anos)
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