Gazel do
Amor Desesperado
A noite não
quer vir
para que tu
não venhas,
nem eu possa
ir.
Mas eu irei,
inda que um
sol de lacraus me coma a fronte.
Mas tu virás
com a língua
queimada pela chuva de sal.
O dia não
quer vir
para que tu
não venhas,
nem eu possa
ir.
Mas eu irei
entregando
aos sapos meu mordido cravo.
Mas tu virás
pelas turvas
cloacas da escuridade.
Nem a noite
nem o dia querem vir
para que por
ti morra
e tu morras
por mim.
(poeta
andaluz nascido faz hoje 116 anos)
Tradução de Óscar
Mendes
E assim o assassinaram os fascistas... e a família não quer que seja exumado .
ResponderEliminarGostei deste poema, que nunca encontrei em nenhum dos livros que já li dele
Jorge Palma nunca foi dos meus cantores preferidos.
Tudo de bom, Lino