Multiplicação
Dêem-me
minhas mãos,
que eu quero
semear a terra.
Com elas,
alumiarei o
cego,
afagarei a
face do leproso
e enxugarei
o suor do moribundo...
Violarei o
cofre do usurário
e saciarei a
fome do necessitado...
Eu quero
minhas mãos,
para aliviar
o laço do enforcado,
para guiar
os passos do ébrio,
para
estancar o sangue do esfaqueado...
Eu preciso
das minhas mãos,
para
libertar o detento,
para
socorrer o fugitivo,
para salvar
o afogado...
Dêem-me
minhas mãos,
que eu quero
colher flores,
para o leito
da noiva,
para o berço
do recém-nascido...
Eu quero
minhas mãos,
eu preciso
das minhas mãos,
para, com
elas, milagres propagar.
(poeta norte-rio-grandense nascido faz hoje 102 anos)
Não conhecia, como já é habitual...
ResponderEliminarNão vi o vídeo anterior, porque ao meu computador não lhe apeteceu.
Um abraço muito grato pela(s) magnígica(s) rosa(s) e que seja feliz com a sua companheira e filha, sempre