A Máquina das Noites
Os temas regulares em mim
avançam, não posso
dar-me nesta voz. Um retrato
pintado por cima vem
situar o risco do tempo.
Daqui se vê o mundo
passando o seu destino
numa fita, alguns números
e rasuras, o sofrimento
não é o que pensam.
A parreira horizontal
fez no cimento a sombra
de um deus e um mote
no salão parou a música.
Passagem de modelos
nesta história o brilho
intermitente, a voz.
Procura um pouco mais
nesta vontade
a seca explicação.
Helder Moura Pereira
(poeta setubalense nascido a 7 de Janeiro de 1949)
Mais um poeta que eu desconhecia...
ResponderEliminarO meu grato abraço