Roteiro
Parar. Parar não paro.
Esquecer. Esquecer não esqueço.
Se carácter custa caro
pago o preço.
Pago embora seja raro.
Mas homem não tem avesso
e o peso da pedra eu comparo
à força do arremesso.
Um rio, só se for claro.
Correr, sim, mas sem tropeço.
Mas se tropeçar não paro
- não paro nem mereço.
E que ninguém me dê amparo
nem me pergunte se padeço.
Não sou nem serei avaro
- se carácter custa caro
pago o preço
(poeta lisboeta nascido a 28 de Julho de 1920)
Sabe, amigo Lino.
ResponderEliminarConheci o Sidónio Muralha, de férias por cá, já que vivia no Brasil.
Era grande amigo do Poeta Leonel Neves, por acaso meu primo.
Era gente do neo-realismo: o Joaquim Namorado, o ò Neil que depois também enveredou por uma espécie de surrealismo, o Redol, o Manuel da Fonseca com quem convivi em Santiago do Cacém (onde dei aulas), o Nazaré, e outros, dos quais conheci alguns.
Espectacular também, são uns contos do Sidónio, sobre África.
Um forte abraço
fantastico.
ResponderEliminaresta a despertar em mim um grande afecto pela poesia
Bjinhos
Paula
Grande Poeta e grande poema.
ResponderEliminarAbraço
Grande Sidónio Muralha, tão bom poeta e tão esquecido!
ResponderEliminarObrigada
Conheci este poeta por intermédio de seu filho. E virei fã. Principalmente dos poemas infantis.
ResponderEliminarQue bom que ele seja lembrado.
Abraços.
PAZ e LUZ