O ponto a que chegámos
Tea Patty e Andres Behring Breivik são um produto refinado da história. De anos - décadas - de ódios e pregação conservadora contra o Estado, contra a justiça fiscal; contra o pluralismo religioso; contra os valores que orientam a convivência compartilhada. Sobretudo, o princípio da igualdade e da solidariedade que norteia a destinação dos fundos públicos à universalização do amparo aos doentes, à velhice, aos desempregados, aos famintos, aos loosers brancos ou negros, nacionais ou imigrantes. Breivik e o Tea Party assimilaram o cânone. Se agora escapam ao criador, louve-se a competência da madrassa neoliberal. Na crise, ambos apenas confirmam a esférica densidade da formação que receberam e investem contra a desordem. Com fé no mercado e o dedo no gatilho.
(Carta Maior, 6º feira, 29/07/ 2011)
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