De esguelha
três copos de chuva dançam
o peito alegre do tempo
já não mais sorri
dois pingos de sol cantam
o olho mareado do dia
já não mais sorri
um suspiro de vento baila
o braço cansado da noite
já não mais sorri
três braços de cansaço
duas marés de olhos
uma alegria do peito
na chuva sorridente
no sol sorridente
no vento sorridente
chega um tempo
de não mais sorrir
hora de dançar na chuva
hora de cantar ao sol
hora de bailar com o vento
chega um tempo
de esquecer o tempo
de penetrar o tempo
e
de viés
ser o tempo
por vir
como os sol enamorado da chuva
como o vento apaixonado pela noite
ser
quem sabe
só
como
de viés
a vida sabe ser
Leontino Filho
(poeta brasileiro)
Esperar o tempo de viés, para o desafiar de frente.
ResponderEliminarLindo
ResponderEliminarBjinhos
Paula
:))) para o poema
ResponderEliminar:))) para o comentário do JRD
:)))) para "ambosdois"